03 maio, 2012

Redação à Compadre Jodé.

bUXO vIRÁDO

Mas que raio de criânço mai reguilha!
Cá nunca nã tinha vijiado piquêno ingual a este!
Nã paráva qéto um segundo. Nãe siquer pa meter nada du buxo! Q'rêa éra retoiça i nunca atremáva o q'uma pessaua d'zêa.
Um dêa, impinou-se p'la laranjeira afóra, de pátas p'rao ar e caveira p'ra baixo. Prôntos, nã foi precizo mai nada p'ra ele ficar cu buxo virado!
Valeu-lhe a velha Maria da Achada, mais cunhessida p'la "Farrusca" que tava bordando abandebaixo, na impêna da casa: Como ela curava d'olhado e tamãe du buxo virado, pregou-lhe azunhas da pânça e cum duas pingas d'azeite infregou-lhe dum lado pa outro c'ma ela sabe, cu raio do piquêno cumpessou logo a rabiçar a soupa de bogânga que tinha cumuido requentada p'ao qebrajão!
Foi remédio santo! Nunca mais impinou-se d'asávores.

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C'ma Diz O Outro #79